Alerta
quarta, 03 de novembro de 2021
NOVO GOLPE DO PIX MIRA MICRO E PEQUENOS EMPREENDEDORES
O esquema, que tem como alvo MPEs e MEIs, é conhecido no mercado como “golpe do falso fornecedor” e se tornou cada vez mais recorrente nas últimas semanas
Fonte: IG - Economia / O Documento / Contadores cnt
Uma nova modalidade de golpe do Pix mira nos micro e pequenos empreendedores.
Com o aumento no uso da ferramenta de pagamento instantâneo do Banco Central para realizar compras e transações com lojas, os criminosos se adaptaram à novidade: eles agora abrem contas PJ em diversos bancos com nomes propositalmente errados de grandes marcas, e mentem sobre transferências para fisgar empresários desatentos.
A AllowMe, empresa especializada em proteção digital, descobriu, por meio de sua divisão de inteligência de plataforma, que os criminosos estão se reinventado quando se trata de golpes com Pix.
O esquema, que tem como alvo MPEs e MEIs, é conhecido no mercado como “golpe do falso fornecedor”.
O novo golpe do Pix, segundo a AllowMe, se tornou cada vez mais recorrente nas últimas semanas.
As empresas de pequeno porte são as principais vítimas, e os prejuízos para cada tentativa bem-sucedida variam entre R$ 10 e R$ 10 mil.
O golpe do falso fornecedor só funciona a partir da engenharia social, contando com uma falha humana no pagamento a prestadores de serviço.
Os golpistas abrem contas PJ em bancos digitais com nome de empresas fictícias. Elas têm nomes parecidos com o de empresas reais, mas propositalmente erram uma letra ou número.
Após a abertura de conta, os criminosos fazem contato com a vítima.
Eles se passam por fornecedores de uma grande empresa, e então informam que houve uma mudança nos processos de pagamento via Pix e pedem uma nova transferência para confirmação.
“Os fraudadores podem ter acesso à lista de fornecedores de várias maneiras: por vazamento de dados na internet, por informações internas ou até mesmo entrando no site da empresa e vendo um selo no rodapé da página”, conta Raquel Aquino, analista de segurança da informação do AllowMe.
“Há casos em que os criminosos solicitam no contato o valor exato da fatura do contrato entre as empresas”.
De acordo com Aquino, o golpe do fornecedor tem mais chances de sucesso quando praticado sobre empresas que não têm um procedimento de pagamento rigoroso.
Vale lembrar que a confirmação do Pix apresenta o nome do destinatário, CNPJ e banco.
DICAS DE COMO NÃO CAIR NO GOLPE DO PIX PARA MPEs
O cliente pode se prevenir do golpe do fornecedor.
A Febraban (Federação Brasileira de Bancos) recomenda ao usuário que confira as informações do recebedor ao pagar um boleto ou fazer o Pix.
Aquino explica que criminosos podem abrir contas corporativas à vontade, já que o processo está cada vez mais fácil.
Também não é ilegal abrir um MEI, o que joga a favor dos golpistas.
“No entanto, há algumas características que podem ajudar a barrar esta abertura em massa, como por exemplo olhar para os dispositivos (computadores ou smartphones) utilizados pelos estelionatários: certamente haveria um comportamento suspeito de várias contas serem abertas a partir de um número limitado de aparelhos, ou em um determinado raio de localização.”
A Febraban ressalta que não é seguro compartilhar senhas por mensagens, e-mails ou SMS.
A associação lançou, no dia 18 de outubro, uma campanha antifraude com o aumento dos golpes no Pix.
ALÉM DISSO, A PRÓPRIA ALLOWME LISTOU ALGUMAS DICAS IMPORTANTES PARA MPES EVITAREM GOLPES:
Não confiar em contatos desconhecidos, por mais que se passem por fornecedores;
Faça contato com o fornecedor em números/e-mails seguros e comumente utilizados;
Verifique os dados do destinatário do PIX;
Independentemente de o valor solicitado condizer com faturas pagas anteriormente, sempre consulte a pessoa responsável por administrar aquele contrato;
Caso o solicitante insista no pagamento ou peça para não encerrar a ligação, desconfie;
Atente-se: o PIX não necessita de transações de ativação;
Fornecedores nunca realizam alteração de dados bancários/recebimento por telefone sem formalização;
Não informe dados pessoais e comerciais;
Não confirme informações sigilosas entre a empresa e fornecedor (valor de fatura, serviços contratados, etc);
Por mais que o solicitante confirme todos os dados da empresa, não realize transações sem a formalização por canais seguros.
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