Comércio Internacional

quarta, 13 de agosto de 2014

APÓS QUATRO QUEDAS MENSAIS SEGUIDAS, MOVIMENTO DA ADUANA RECUPERA O FÔLEGO E VOLTA A CRESCER

O Movimento, pela Área de Controle Integrado (ACI-Cargas), a Aduana de Dionísio Cerqueira, após quedas consecutivas de março a junho deste ano, voltou a crescer em julho, tanto no total financeiro das importações e exportações, quando na quantidade de caminhões e de documentos despachados pela Receita Federal.

Problemas e
soluções
Segundo a reportagem do Jornal da Fronteira apurou, ouvindo representantes de todos os segmentos envolvidos no processo aduaneiro, como os órgãos anuentes, transportadores, despachantes aduaneiros e motoristas, vários são os fatores que têm impacto no movimento pela Aduana local e na agilidade para a liberação das cargas, desde questões de legislação, burocracia, questões envolvendo servidores, tanto no lado brasileiro quando no argentino, insuficiência de pessoal, até funcionalidade da estrutura e problemas nas respectivas documentações de importações e exportações, a cargo das empresas ou de despachantes, além de eventuais problemas com as próprias empresas importadoras e exportadoras.
Várias reuniões já foram feitas, com representantes de todos os segmentos, para se encontrar formas de solucionar esses problemas e o Jornal da Fronteira já fez várias reportagens sobre isso, além de vários tópicos na Coluna Espaço Livre, do jornal.
Segundo representantes do Núcleo dos Empresários de Comércio Exterior da Fronteira (Necef), em reunião realizada na Ascoagrin, na noite de 7 de agosto (matéria na página 18), os avanços estão acontecendo, várias reivindicações estão sendo atendidas e a busca pela melhoria e excelência na Aduana é uma constante, para que o movimento cresça sempre mais e chegue a uma média de 100 caminhões liberados por dia, número mínimo que o Necef considera ideal para esta Aduana.

Movimento
Quanto ao movimento da ACI-Cargas de Dionísio Cerqueira, divulgado na semana passada pela Receita Federal, a corrente financeira (importações mais exportações) do mês de julho somou U$ 57.006.300,00 (cerca de R$ 130 milhões).
Esse valor foi 28,305% maior que o movimento de junho, que somou US$ 44.430.000,00. Porém, foi 16,6% abaixo do movimento de julho de 2013, que somou US$ 66.618.000,00.
O movimento acumulado nos sete primeiros meses de 2014 soma US$ 372.305.008,00 (cerca de R$ 855 milhões).
O total é 23,303% menor que o total do mesmo período do ano passado, que somou US$ 485.422.348,00.
Mantendo-se a média dos sete primeiros meses do ano, o movimento de 2014 ficaria na casa dos US$ 640 milhões (cerca de um bilhão, quatrocentos e setenta milhões de reais).
Se considerar para a média apenas o valor do movimento de julho, o total de 2014 ficaria na casa dos US$ 684 milhões (cerca de um bilhão, quinhentos e setenta e cinco milhões de reais).
Em ambos os casos, o movimento ficaria bem abaixo do maior movimento da história da ACI-Cargas, em 2012, que totalizou US$ 830.368.094,00 (cerca de um bilhão, novecentos e dez milhões de reais).

Veículos
Em julho desse ano, 1.241 caminhões passaram pela Aduana de Dionísio Cerqueira. Em junho passado, 1.103 cargas haviam sido despachadas pelo porto seco local.
O total acumulado nos sete primeiros meses de 2014 é de 8.535 caminhões, total 21,380% menor que o total do mesmo período em 2013, que foi de 10.856 caminhões.
Considerando o total acumulado do ano para estabelecer a média, ao final deste ano, 14.631 caminhões teriam passado pela Aduana. Considerando para a média, somente o total de julho, ao final deste ano, 14.892 caminhões passariam pela ACI-Cargas.
Em ambos os caso, o total de 2014 ficaria bem abaixo do número recorde de caminhões pela Aduana, que foi em 2010, quando 22.412 carretas passaram pelo porto seco local.

Documentos
Em julho desse ano, 1.189 documentos de importação e exportação foram desembaraçados pela Receita Federal de Dionísio Cerqueira. Em junho passado, 1.085 documentos haviam sido liberados pela Receita Federal local.
O total acumulado nos sete primeiros meses de 2014 é de 8.270 papéis, total 24,261% menor que o total do mesmo período em 2013, que foi de 10.919 documentos.
Considerando o total acumulado do ano para estabelecer a média, ao final deste ano, 14.177 documentos teriam sido despachados pela Receita Federal. Considerando para a média, somente o total de julho, ao final deste ano, 14.268 documentos teriam sido desembaraçados.
Em ambos os caso, o total de 2014 seria bem inferior ao número recorde de documentos pela Aduana, que foi em 2011, quando 20.605 papéis foram desembaraçados pela Receita Federal local.

EVOLUÇÃO
Os dados estatísticos do movimento da Aduana de Dionísio Cerqueira começaram a ser marcados no ano de 1988, quando apenas sete caminhões passaram pelo porto seco local e o movimento foi de US$ 82.7640,88 (cerca de R$ 185 mil). Dez anos depois, em 1998, foram 13.943 caminhões, para um movimento de US$ 161.925.114,00 (cerca de R$ 370 milhões). De 1988 até hoje, o recorde anual do movimento financeiro da Aduana (importações mais exportações), foi no ano de 2012, que totalizou US$ 830.368.094,00 (cerca de um bilhão, novecentos e dez milhões de reais). O recorde de caminhões foi em 2010, quando 22.412 carretas passaram pelo porto seco local. Já o recorde de documentos aconteceu em 2011, quando 20.605 papéis foram desembaraçados.
Fonte: Luiz Carlos Gnoatto.:

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