Dinheiro

segunda, 13 de agosto de 2018

COMO O BRASILEIRO SE RELACIONA COM O DINHEIRO: QUASE 20% DA POPULAÇÃO AINDA GUARDA MOEDAS EM CASA

Estudo do Banco Central mostra como o brasileiro se relaciona com o dinheiro, as formas que usa para pagar contas e fazer compras e o faturamento do comércio

 

Fonte: Kelly Oliveira / Agência Brasil

Foto: Imagem Ilustrativa

Parte da população brasileira ainda tem o hábito de guardar moedas em casa.

Estudo divulgado pelo Banco Central (BC) mostra que 19,3% da população guarda moedas por mais de seis meses.

Além disso, 56,2% usam o dinheiro guardado no cofrinho para compras e pagamentos, mostra o BC, no estudo “O brasileiro e sua relação com o dinheiro”.

De acordo com o chefe do Departamento do Meio Circulante do BC, Felipe Frenkel, 8 bilhões de moedas estão guardadas “em algum lugar”.

Ele destacou que quanto mais moedas ficarem em circulação, menor será o gasto de recursos públicos com a produção do dinheiro.

O chefe-adjunto do Departamento do Meio Circulante do BC, Fábio Bollmann, disse que o BC considera positivo que a população faça poupança com as moedas. Entretanto, ele orienta a trocar as moedas por cédulas sempre que atingir um valor maior, no comércio ou no banco, para ajudar na circulação de dinheiro.

 

Pagamentos

Segundo o BC, o dinheiro vivo ainda é o meio de pagamento mais utilizado pela população: 96,1% responderam que, além de outros meios, também fazem pagamentos em espécie. Na questão, os entrevistados podiam marcar mais de uma opção – 51,5 mencionaram cartão de débito e 45,5%, cartão de crédito.

Frenkel acrescentou que a pesquisa é importante para saber qual é a demanda atual por dinheiro no país. “O Banco Central faz a pesquisa para atender a demanda da população. Ainda é muito necessário o dinheiro no dia a dia”, acrescentou.

 

Compras

Para compras de até R$ 10, 87, 9% dos entrevistados preferem utilizar dinheiro.

Esse índice diminui com pagamentos de maior valor.

Para desembolsos de mais de R$ 500,00 a maior parte (42,6%) prefere cartão de crédito.

No comércio, 75,8% dos estabelecimentos aceitam pagamentos no débito e 74,1% no crédito. Apenas 16,3% aceitam cheques.

 

Salários

Bollmann destacou que “uma parcela significativa da população ainda recebe o pagamento de salários em espécie.

Segundo a pesquisa, esse percentual chegou a 29%, embora a maioria receba por meio de conta corrente ou de pagamento e poupança (48%).

Outros 22% disseram que não têm renda, 1% não responderam como recebem o salário e 0,4% por cheque. Em 2013, o percentual dos que recebiam salário em dinheiro era maior: 51%.

 

Faturamento do comércio

Segundo o comércio, os pagamentos em dinheiro representam 50% do faturamento, contra 55% registrados em pesquisa de 2013.

O cartão de débito aumentou de 14% para 20% sua fatia no fluxo de caixa dos estabelecimentos. Já o uso de cheques diminuiu 2 pontos percentuais, passando para apenas 1%.

As vendas feitas em cartão de crédito ficaram estáveis no período, com 25%.

 

Segurança da cédula

Segundo o BC, entre a população, a marca-d’água é o item de segurança mais conhecido, seguido do fio de segurança e da textura da nota. No comércio, a textura ou espessura do papel foi o item mais utilizado para reconhecimento de nota verdadeira, com 48%, seguido pela marca d’água e o fio de segurança.

A pesquisa mostra que 23% dos entrevistados declararam já ter recebido uma cédula falsa, o que representa uma redução de 5 pontos percentuais em relação a 2013, que registrou 28%.

Daqueles que receberam notas falsas, apenas 28,3% entregaram para análise do BC.

De acordo com o BC, o hábito de verificar a autenticidade das notas está relacionado ao seu valor.

Apenas 8,5% declararam verificar sempre as notas de R$ 2,00. Já para as notas de R$ 100, o percentual passa para 43,4%.

Mesmo para as notas de maior valor, um percentual expressivo não verifica nunca: 39,2% para as de R$ 50 e 37,7% para as de R$ 100.

Por ser menos utilizada, a cédula de R$ 100,00 é considerada a mais bem conservada tanto pelo comércio quanto pela população, diz o BC.

Fonte: Kelly Oliveira / Agência Brasil

Galeria de Fotos