Economia

quinta, 15 de janeiro de 2015

ECONOMIA BRASILEIRA CRESCEU SÓ 0,04% EM NOVEMBRO, SEGUNDO CÁLCULOS DO BANCO CENTRAL

Resultado veio melhor que as expectativas do mercado, que esperava queda. No ano, no entanto, houve recuo de 0,12%

Nas contas do Banco Central, o Brasil cresceu apenas 0,04% em novembro. Mesmo próximo de zero, o número positivo foi uma surpresa. As expectativas dos economistas do mercado financeiro estavam no campo negativo: queda de 0,2% do IBC-Br, o índice de crescimento criado pela autarquia. Apesar de vir melhor que a encomenda, o dado reforça que a economia brasileira deve ficar praticamente parada em 2014. No ano, houve até uma leve retração, de acordo com os números dessazonalizados pelo BC, de 0,12%.
A autoridade monetária revisou para cima os dados referentes a outubro, para mostrar que houve queda de 0,12%, em vez do recuo de 0,26% inicialmente divulgados. O resultado de novembro, portanto, representa uma aceleração em relação ao mês anterior.
A aposta para o encolhimento da economia no mês de novembro foi feita mesmo depois de o IBGE divulgar, na quarta-feira, que as vendas do comércio aumentaram pelo quarto mês consecutivo em novembro.

O varejo cresceu 0,9%, em novembro, diz IBGE
Isso também foi uma surpresa positiva para o mercado financeiro. O número superou as estimativas porque sete das dez atividades pesquisadas tiveram resultados no azul. A maior alta foi registrada no segmento de livros e papelaria, que cresceu 9,6%.
No entanto, esse dado não foi suficiente para animar os economistas, que esperavam retração. E, consequentemente, um resultado nulo no quarto trimestre do ano passado.
O Bradesco havia escrito, em relatório anterior à divulgação do resultado, que a projeção de queda de 0,2% refletia o desempenho negativo do setor industrial. “O resultado é compatível com um crescimento do PIB próximo da estabilidade no quarto trimestre, dado que só será conhecido em março de 2015, incorporando a nova metodologia de cômputo das contas nacionais”, alertou o diretor de Estudos e Pesquisas do banco, Octavio de Barros.
Após a divulgação, Barros escreveu que o resultado reforça a expectativa de ligeira elevação do PIB no quarto trimestre.
Fonte: G1

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