Empregos
segunda, 31 de janeiro de 2022
BRASIL CRIOU 2,7 MILHÕES DE VAGAS DE EMPREGO FORMAL EM 2021
O saldo de 2021 é fruto de 20.699.802 admissões e de 17.969.205 desligamentos. O salário médio de admissão, no entanto, vem caindo
Fonte: Portal da FACIAP – Imagem Ilustrativa
O Brasil criou 2.730.597 vagas de emprego formal em 2021, revertendo o fechamento de 190,7 mil vagas em 2020, primeiro ano da nova metodologia do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged).
O salário médio de admissão, no entanto, vem caindo.
Em dezembro de 2021, o salário de admissão médio foi de R$ 1.793,47. Em dezembro de 2020, o pagamento médio era de R$ 1.909,19. A redução no salário foi de 8,68%.
Os números foram divulgados nesta segunda-feira,31, pelo Ministério do Trabalho.
O saldo de 2021 é fruto de 20.699.802 admissões e de 17.969.205 desligamentos.
No mês de dezembro, houve retração no mercado de trabalho e foram fechados 265.811 postos de trabalho, resultado de 1.437.910 admissões e de 1.703.721 desligamentos naquele mês. O salário médio no mês ficou em R$ 1.793,47.
O resultado positivo de 2021 vem após uma série de ajustes na série do Caged, que dissolveram o bom desempenho de 2020.
O saldo de 2020 foi reduzido em 46,82% em relação ao divulgado pelo próprio governo no mês de janeiro.
O desempenho do mercado formal em 2021 refletiu a retomada da economia no período de reabertura da pandemia da Covid-19.
Também mostrou os efeitos do programa de manutenção do emprego e renda (BEm), que permitiu a suspensão de contratos de trabalho e redução de jornada e salários, com um período subsequente de estabilidade no emprego.
SETORES E REGIÕES
Em 2021, todos os setores registraram saldo positivo para a geração de empregos.
O grande destaque foi o setor de serviços, que puxou a retomada e criação de vagas ao longo do ano, encerrando 2021 com 1.226.026 novos postos de trabalho.
Na sequência, veio o comércio, com 643.754 vagas.
Os dois setores haviam sido mais impactados pela pandemia da Covid-19 e puxaram a reação do trabalho formal ao longo do ano passado.
A indústria foi o terceiro setor que mais gerou empregos com carteira assinada, com 475.141 vagas. Depois aparece a construção, com 244.755 postos, e agricultura, com 140.927 vagas.
Em relação aos estados, todas as unidades da federação terminaram 2021 com resultados positivos.
O melhor desempenho foi de São Paulo, com saldo de 814.035. Minas Gerais também teve desempenho robusto, com 305,182 vagas. Na sequência vem o Rio de Janeiro, que fechou 2021 com saldo de 178.078 vagas.
No mês de dezembro, apenas o setor de comércio registrou saldo positivo. Foram 9.103 postos de trabalho criados no mês.
Os demais apresentaram resultado negativo. O pior desempenho em dezembro foi do setor de serviços, que teve o fechamento de 104.670 vagas. A indústria veio na sequência, com 92.047 vagas a menos. Depois, seguiram construção (- 52.033 postos) e agricultura (- 26.073).
Em dezembro, entre os estados, só dois tiveram resultado positivo: Alagoas, com 615 postos), e Paraíba, com 61. Os demais entes tiveram fechamento de vagas.
O estado de São Paulo concentrou a maior parte dos postos fechados, com 103.954 vagas a menos. Foi seguido de Santa Catarina (- 36.644 postos) e Paraná (- 24.346 vagas).
CAGED X PNAD
O resultado do Caged segue contrastando com o que mostra a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad Contínua) do IBGE.
A última rodada, divulgada na semana passada, apontou nova diminuição na taxa de desemprego no Brasil, que foi de 11,6% no trimestre encerrado em novembro.
Ainda assim, há 12,4 milhões de brasileiros procurando por trabalho.
O perfil das vagas criadas na reabertura, com menor qualificação e retorno do mercado informal, associada ao aumento da inflação provocaram forte queda na renda média do trabalhador.
A Pnad considera vagas formais e informais, e apresenta dados trimestrais.
Já as informações do Caged refletem números mensais apenas de empregos formais.
Enquanto a pesquisa do IBGE investiga todos os tipos de ocupação, nos mercados formal e informal, além de empresários e funcionários públicos, o Caged só considera aqueles que trabalham com carteira de trabalho assinada.
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