Frustração

sexta, 16 de dezembro de 2016

MINISTRO DESCARTA CONSTRUÇÃO DE FERROVIA ATÉ DIONÍSIO CERQUEIRA

Ferrovia que passaria pelo Sudoeste do Paraná  e a que ligaria Dionísio Cerqueira aos portos catarinenses, estão descartadas

 

Obras esperadas pela região, como a Ferrovia do Frango e a Ferrovia do Milho (Norte-Sul), não deverão se tornar realidade tão cedo.

A Ferrovia do Milho ligaria o Centro-Oeste do país ao Oeste de Santa Catarina, passando por municípios do Sudoeste do Paraná, como Cruzeiro do Iguaçu, Dois Vizinhos, São Jorge do Oeste, São João, Verê, Itapejara do Oeste, Bom Sucesso do Sul, Renascença, Vitorino e Pato Branco, no Sudoeste do Paraná,

Já o Corredor Ferroviário Catarinense, chamado de Ferrovia do Frango, ligaria o Extremo-Oeste, na região de Dionísio Cerqueira, aos portos de Santa Catarina.

Durante visita do ministro da Agricultura, Blairo Maggi, a Chapecó-SC, nesta quinta-feira, 15 de dezembro, o ministro descartou os investimentos na construção da Ferrovia do Milho, e também o apoio federal para o Corredor Ferroviário Catarinense (Ferrovia do Frango).

De acordo com o ministro, o governo tem vários projetos em andamento, mas nenhum específico para essa região.

A Norte-Sul é uma das principais demandas da agroindústria catarinense, uma vez que o Estado produz apenas metade do milho consumido e precisa importar o grão de outras regiões, o que encarece a produção de aves e suínos.

Além de descartar os investimentos nos transportes ferroviários na região, Maggi também anunciou medidas, junto à Companhia Nacional do Abastecimento - Conab que podem afetar o Oeste catarinense e o Sudoeste do Paraná.

Desde 2012, a Companhia estuda projeto para o investimento de R$ 19 milhões na construção de um armazém, com capacidade para o armazenamento de 100 mil toneladas de grãos, em Xanxerê-SC.

No final de 2013, inclusive, a prefeitura do município realizou a doação de um terreno, de três hectares, localizado à margem da BR-282, para a instalação da estrutura.

No mês de julho passado, em audiência com deputados federais catarinenses, o superintendente de armazenagem da Conab, Rafael Bueno, garantiu os recursos para a obra, afirmando que deveria ser aguardada apenas a conclusão do projeto de execução, para que fosse lançado o edital para construção do armazém em Xanxerê.

Entretanto, na semana passada, o Ministro da Agricultura anunciou que a Conab vai deixar a armazenagem de grandes culturas agrícolas, como soja e milho.

Segundo ele, a ineficiência torna inviável a permanência da companhia na prestação desse tipo de serviço. Afirma ainda, que delegando o serviço para a iniciativa privada, o controle sobre os volumes e a qualidade da mercadoria fica mais eficiente, além de o ônus relacionado a alguma irregularidade não ser mais do governo, passando para a responsabilidade do proprietário do local.

Conforme reportagem da revista Globo Rural, o processo para a Conab se livrar dos seus armazéns já está em andamento e contratos que previam a construção de instalações, como é o caso de Xanxerê, foram suspensos.

Para a capacidade já instalada, são consideradas opções como a venda, com valor revertido para os cofres da União, ou transferência para prefeituras.

 

Origem das informações: Portal RBJ e Diário Catarinense


Fonte: Portal RBJ e Diário Catarinense

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