A Federação das Associações Empresariais de Santa Catarina – FACISC emitiu comunicado contra mais um aumento de energia elétrica.
O novo reajuste foi autorizado pela Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) hoje na terça-feira, 4 de agosto, e chega a 3,61% nas tarifas da Celesc, que atende 258 municípios em Santa Catarina.
Para os consumidores residenciais, a alta média será de 3,63%. Já para a indústria a elevação média será de 3,59%.
O novo reajuste chega para contribuir para que em um ano o aumento da energia elétrica, em Santa Catarina, chegue a quase 100%. Somente neste ano, já foram decretados e praticados aumentos superiores a 40%, o que colocou muitas empresas, especialmente aquelas do setor industrial, em situação de grave dificuldade. Nos últimos 12 meses os reajustes representam “surpreendentes e inadmissíveis” majorações de 95%. Os efeitos deletérios dessas medidas já são sentidos: a indústria catarinense, uma das mais competitivas do Brasil, demitiu 9,2 mil trabalhadores nos últimos três meses.
Para o vice-presidente da FACISC, André Gaidzinski, o novo reajuste, em momento de crise, só fará com que o atual cenário piore. “Não dá para acumular aumento em cima de aumento, em época de crise. Enquanto eles não diminuem o custeio, nós teremos que pagar por tudo”, lamenta.
O presidente do Conselho de Consumidores da Celesc - CONCCEL, Herrmann Suesenbach, que representa a FACISC no Conselho, enviou ofício ao Governo do Estado, sugerindo a elaboração de um estudo detalhado sobre a situação dos aumentos, como uma medida compensatória aos aumentos sucessivos, que estão comprometendo a classe empresarial. “Sugerimos o envio de um projeto de lei, em caráter de urgência à Assembleia Legislativa do Estado, reduzindo a alíquota do ICMS sobre a energia elétrica, cobrado atualmente em 25%, para no máximo em 22%”, explicou Suesenbach.
Fonte: FACISC