Reabertura da Fronteira
quinta, 30 de setembro de 2021
FRONTEIRA COM ARGENTINA REABRE NESTA SEXTA-FEIRA E ENTIDADES PREVEEM RETOMADA DA NORMALIDADE
Segundo o diretor de Comércio Exterior da Facisc e ex-presidente e atual diretor da Ascoagrin, Marcos Voltolini, a reabertura marca a volta da normalidade para os dois países e para o mundo como um todo
Fonte: Portal da Facisc – Fotos, Aduana de Turismo de Dionísio Cerqueira (credito: Luiz Carlos Gnoatto)
A abertura da fronteira entre o Brasil e a Argentina, nesta sexta-feira, 1º de outubro, será um marco importante para a retomada da economia, do turismo e da competitividade para Santa Catarina.
Essa é a opinião da Federação das Associações Empresariais de Santa Catarina - Facisc, que reúne mais 35 mil empresas e 148 associações empresariais em todo o estado.
Segundo o diretor de Comércio Exterior da Facisc e ex-presidente e atual diretor da Associação Empresarial da Fronteira - Ascoagrin, Marcos Voltolini, a reabertura marca a volta da normalidade para os dois países e para o mundo como um todo.
“A abertura fará com que a economia volte a girar”.
Outro ponto destacado por Voltolini, é que a reabertura tem um lado social muito importante, porque voltará a unir famílias que estiveram separadas durante todo este tempo de pandemia. “Famílias ficaram afastadas porque as fronteiras estavam fechadas. Será um momento de reencontro.”
Com a reabertura, um dos setores que volta a ser aquecido é o turismo, um dos principais setores da economia catarinense, fortemente afetado pela pandemia e fechamento das fronteiras.
A Argentina é o primeiro país em número de turistas estrangeiros no Brasil e em Santa Catarina.
A abertura da fronteira também traz de volta um hábito muito comum na região, que é o comércio fronteiriço, o turismo de compras.
“As pessoas voltam a comprar dentro da cota permitida. Com isso desestimula o contrabando e descaminho, que cresceu muito neste período de fronteiras fechadas, pois muitos buscaram essa linha para levar produtos para dentro do país de forma ilegal”, destaca o diretor.
Outro ponto que é importante ressaltar é o incentivo ao turismo local e regional.
A redução dos índices de falta de mão-de-obra também é um dos pontos destacados pela Facisc, como benefício da abertura da fronteira.
“Temos um trânsito muito grande entre pessoas que moram em uma cidade e trabalham em outra”.
A presidente da Ascoagrin, Raquel Schwab, ressaltou que a abertura tem grande importância para o comércio local, tanto do Brasil quanto da Argentina.
“É isso que vai reaquecer a economia de Dionísio Cerqueira em Santa Catarina, dos municípios paranaenses de Barracão e Bom Jesus do Sul e o argentino de Bernardo de Irigoyen”.
O impacto é direto porque terá novamente a circulação do turismo.
“As pessoas voltam a circular nas cidades da trifronteira, voltam a se hospedar nos hotéis, consumir em restaurantes, bares e lanchonetes, e movimenta toda a economia local. Estamos otimistas e esperançosos”.
O pedido para abertura da fronteira é bandeira de diversas instituições e movimentos como o Comitê de Desenvolvimento Territorial La Frontera e o Conselho de Desenvolvimento Trinacional (Codetri) que luta em prol da reabertura das fronteiras entre o Brasil e a Argentina.
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