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quarta, 01 de dezembro de 2021

DÉCIMO TERCEIRO SALÁRIO DEVE INJETAR R$ 232,6 BILHÕES NA ECONOMIA NESTE ANO

Além da 1ª parcela, paga nesta terça-feira, empregador deve pagar o restante até 20 de dezembro. Economistas recomendam usar o dinheiro para quitar e renegociar dívidas

Fonte: G1 Globo Economia – Imagem Ilustrativa

 

O pagamento do 13º salário deve injetar R$ 232,6 bilhões na economia brasileira, segundo estimativas do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese).

O montante representa 2,7% do Produto Interno Bruto (PIB) do país.

Tradicionalmente, o pagamento do 13º salário aquece o comércio e outros setores, principalmente por conta das compras de Natal e viagens de fim de ano.

De acordo com o Dieese, 83 milhões de brasileiros serão beneficiados com o abono.

O valor é pago aos trabalhadores com carteira assinada, aposentados e pensionistas.

Economistas recomendam usar o dinheiro para quitar e renegociar dívidas.

Para quem está com a vida financeira em dia, a orientação é usar o abono para reforçar a reserva de emergência ou guardar para despesas de início de ano.

 

RECEBIMENTO

Para aqueles que não receberam antecipadamente, a primeira parcela do 13º salário foi paga até esta terça-feira, 30 de novembro, e corresponde a 50% do valor total a que o trabalhador tem direito.

Já a segunda parcela, será paga até dia 20 de dezembro, e corresponde ao valor restante menos os encargos — Imposto de Renda e INSS.

O pagamento médio será de R$ 2.539,00. Dos mais de R$ 200 bilhões que serão pagos, 66,9% vão para os empregados formais, incluindo os trabalhadores domésticos. Os outros 33,1% dos R$ 233 bilhões, ou seja, cerca de R$ 77 bilhões, vão para aposentados e pensionistas.

Para calcular o impacto do 13º salário, o Dieese não leva em conta autônomos, assalariados sem carteira ou trabalhadores com outras formas de inserção no mercado de trabalho que, eventualmente, recebem algum tipo de abono de fim de ano, uma vez que não há dados disponíveis sobre esses proventos.

 

SUSPENSÃO DE CONTRATO

O órgão, no entanto, não elimina do cálculo os trabalhadores que receberam parte do 13º antecipadamente.

Da mesma forma, considera-se o montante total do valor recebido pelos beneficiários do INSS, independentemente do montante que já tenha sido pago no adiantamento feito pelo governo este ano, ainda por conta da pandemia

Assim, as estimativas projetam o volume total de 13º salário que entrará na economia ao longo do ano, e não necessariamente nos dois últimos meses de 2021, embora a maior parte do valor deverá ser paga no fim do ano, principalmente para os trabalhadores ativos.

Quem teve redução de jornada e desconto no salário este ano, de acordo com a medida do governo federal para conter o desemprego na pandemia, não terá mudanças no cálculo.

Já quem teve o contrato suspenso não recebe o abono integral.

Neste caso, será preciso descontar os meses não trabalhados. Para entrar na conta, cada mês deve ter mais de 15 dias trabalhados.

 

DISTRIBUIÇÃO POR REGIÃO

A parcela mais expressiva do 13º salário (49,3%) deve ser paga nos estados do Sudeste, região com a maior capacidade econômica do país e que concentra a maioria dos empregos formais e aposentados e pensionistas.

No Sul, devem ser pagos 17,2% do montante e, no Nordeste, 15,4%. Já às regiões Centro-Oeste e Norte cabem, respectivamente, 8,5% e 4,8% do total.

Por sua vez, os beneficiários do Regime Próprio da União receberão 4,7% do montante e podem estar em qualquer região do país.

O maior valor médio para o 13º deve ser pago no Distrito Federal (R$ 4.541,00) , enquanto que o Maranhão e Piauí terão os menores valores (R$ 1.691,00 e R$ 1.729,00, respectivamente).

Essas médias, entretanto, não incluem o pessoal aposentado pelo Regime Próprio dos estados e dos municípios, pois não foi possível obter esses dados.

Fonte: G1 Globo Economia

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