Consumo
terça, 21 de julho de 2020
POTENCIAL DE CONSUMO DAS FAMÍLIAS RETROCEDE OITO ANOS
Os patamares de consumo das cidades brasileiras devem se igualar aos registrados em 2010 e 2012. A projeção é uma movimentação de pouco mais de R$ 4 trilhões na economia
Fonte: Por Mariana Missiaggia / Diário do Comércio
Foto: Imagem Ilustrativa
O potencial de consumo das famílias brasileiras deve sofrer um retrocesso de pelo menos oito anos devido aos efeitos da pandemia do novo coronavírus.
A previsão é do estudo IPC Maps 2020, especializado no cálculo de índices de potencial de consumo nacional.
Em geral, os patamares de consumo das cidades brasileiras devem se igualar aos registrados em 2010 e 2012, descartando a inflação e levando em conta apenas os acréscimos ano a ano.
A projeção é uma movimentação de cerca de R$ 4,465 trilhões na economia — um crescimento negativo de 5,39% em relação a 2019, e a maior retração desde 1995.
O levantamento aponta que, a exemplo de 2019, as capitais seguirão perdendo espaço no consumo, respondendo por 28,29% desse mercado.
Enquanto isso, o interior avançará com 54,8%, bem como as regiões metropolitanas, cujo desempenho equivalerá a 16,9% neste ano.
Na cidade de São Paulo, o consumo tem potencial para movimentar R$ 311,9 bilhões neste ano.
NO INTERIOR
De acordo com o material, a economia dá sinais de que o interior tende a ampliar a sua participação no potencial de consumo total do país.
No ranking de municípios metropolitanos ou interioranos, Campinas (11º), Guarulhos (13º), Ribeirão Preto (18º), São Bernardo do Campo (19º) e São José dos Campos (21º), todos no estado de São Paulo, se sobressaem nessa seleção.
Outros polos do interior paulista integram o ranking dos 100 maiores brasileiros, como Sorocaba, Jundiaí e São José do Rio Preto, além de municípios do ABC, como Santo André.
O desempenho dos 50 maiores municípios brasileiros equivale a 38,7% do total (ou R$ 1,759 trilhão) de tudo o que é consumido no território nacional.
Assim como no restante do país, a redução do poder de compra retrata o cenário enfrentado pelas famílias brasileiras, que terão de lidar com um orçamento comprometido ao longo de 2020.
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