Associativismo

sábado, 26 de maio de 2018

ASCOAGRIN PARTICIPA DO 2º ENCONTRO DE ACI’S, QUE TEVE PALESTRA COM DELTAN DALLAGNOL

Coordenador da força tarefa da Lava Jato e Procurador da Republica palestrou no encontro, realizado na noite de sexta-feira, 25 de maio

Texto e fotos: Luiz Carlos Gnoatto

As regionais Oeste, Extremo Oeste e Noroeste, da Federação das Associações Empresariais de Santa Catarina – FACISC, juntamente com a Associação Empresarial de São Lourenço do Oeste – ACISLO, realizaram, nesta sexta-feira, 25 de maio, o 2º Encontro de Associações Empresariais – ACI’s.

O evento aconteceu no Clube Recreativo Araucária, em São Lourenço do Oeste.

Uma comitiva da Associação Comercial e Empresarial de Barracão, Dionísio Cerqueira e Bom Jesus do Sul – Ascoagrin, participou do evento.

A comitiva foi composta pelo presidente, Marcos Voltolini; vice-presidente, Allan Kreutz, que também é vice-presidente da FACISC para o Programa Empreender; diretores, diretoras, colaboradoras e colaboradores.

 O encontro teve como tema central, “Governança, Ética e Transparência”, e o principal objetivo foi estreitar relacionamentos entre os empresários, trocar experiências e conhecimento, encurtar caminhos e debater temas de fundamental relevância para a ação empresarial e para o momento político e econômico que o Brasil vive hoje, que tem impactos diretos para as empresas.

Programação

As atividades iniciaram às 14 horas, com visita técnica à Loja Enele.

Às 16 horas, teve a recepção dos participantes no Clube Recreativo Araucária.

ÀS 16h30, aconteceu a abertura oficial do encontro.

Às 16h45, teve palestra com o tema: “Compliance como uma vantagem competitiva”, ministrada por Indi Santos, diretora jurídica e de compliance da Kellogg´s Mercosul

Às 18h15, aconteceu um momento institucional.

Às 18h30, teve palestra com o tema “Corrupção e Ética nos Negócios”, ministrada pelo procurador da república e coordenador da força tarefa da Lava Jato, Deltan Dallagnol.

Às 20 horas, foi servido jantar de confraternização.

Palestras

Indi Santos fez suas argumentações, demonstrando que ser uma empresa ética, que age com princípios éticos, corretos e transparentes, zelando pela sua integridade e pela credibilidade de sua marca e seu nome, hoje é uma vantagem competitiva.

“O raciocínio baseado em valores éticos devem orientar a conduta das empresas”, afirmou Indi Moraes.

Deltan Dallagnol falou enfaticamente sobre os males causados pela corrupção, impregnada no sistema político brasileiro, a impunidade que impera no Brasil em casos de corrupção, o atraso no desenvolvimento humano e econômico que ela provoca, além de impulsionar e fortalecer a ineficiência e a burocracia nos governos.

Dallagnol falou sobre os desdobramentos e toda a ação da Operação Lava Jato, sobre as 10 medidas anticorrupção, e sobre a fundamental necessidade da sociedade se envolver, diretamente e ativamente, e ter uma postura forte e determinada, no dia a dia, contra a corrupção, não apenas na política, mas em todas as esferas e posturas da atuação pública e privada.

“A corrupção no Brasil é histórica, endêmica e sistêmica. Não é de agora ou dos últimos 10 ou 20 anos. A Lava Jato mostrou o que sempre aconteceu, mas antes erva varrido ‘para baixo do tapete”, afirmou Deltan Dallagnol.

Ele enfatizou que a Lava Jato, por si só, não irá promover as mudanças e nem colocar a corrupção sob controle no Brasil.

“Só vamos ter êxito se o congresso nacional avançar nas medidas anticorrupção”.

O coordenador da força tarefa da Lava Jato destacou que a ONG Transparência Internacional vai iniciar uma campanha para conscientizar a população sobre o voto nas próximas eleições, pedindo que cada eleitor decida seu voto com base em três exigências:

Ver se o candidato tem passado limpo;

Ver se o candidato apoia a democracia;

Ver se o candidato apoia e é comprometido com o pacto anticorrupção.

“Cada cidadão, cada empresa, cada associação, cada entidade deve trabalhar essa proposta fortemente e no dia a dia, para toda que a sociedade entenda essa necessidade. Só assim teremos êxito e esta postura será a grande mudança que o Brasil precisa. Precisamos deixar de agir como se fôssemos vítimas de nossa história e de nossa política, para sermos ‘heróis’, individualmente e coletivamente, adotando uma postura firme e forte, no dia a dia, contra a corrupção, não apenas na política, mas em todas as condutas”, concluiu Deltan Dallagnol.