Associativismo

sexta, 01 de abril de 2022

COTAIT ASSUME A PRESIDÊNCIA DA CACB

O empresário, que já está à frente da ACSP e da Facesp, pretende unificar ações e serviços da rede das associações comerciais do Brasil

Fonte: Diário do Comércio, com informações da CACB e Facesp – Foto: Alfredo Cotait Neto (CACB Divulgação)

 

A nova diretoria da Confederação das Associações Comerciais e Empresariais do Brasil (CACB) tomou posse na noite de quarta-feira, 30 de março.

O novo presidente é o empresário Alfredo Cotait Neto, que comandará a entidade no triênio 2022-2024.

Ele substitui George Pinheiro, que vai para o Conselho Consultivo da confederação.

O ex-presidente da Federação das Associações Empresariais de Santa Catarina – FACISC, Ernesto João Reck, foi empossado como 1º vice-presidente.

Alfredo Cotait já está à frente da Associação Comercial de São Paulo - ACSP e da Federação das Associações Comerciais do Estado de São Paulo – Facesp.

A cerimônia de apresentação da nova gestão aconteceu em Brasília e reuniu 600 convidados, entre empresários e autoridades.

Em seu discurso, o novo presidente da CACB enfatizou que a nova gestão pretende unificar e fortalecer a rede das associações comerciais, além de adotar ações que ajudem os empresários do país a deixar a crise na economia causada pela pandemia.

“Essa representação nos outorga a legitimidade de sermos a voz do empreendedor no cenário político brasileiro. Temos que concentrar nossos esforços em ações que visem a retomada do crescimento econômico e, principalmente, para apoiar os setores e empresas que foram mais afetados pelas restrições decorrentes da pandemia”, disse.

 

FOCO NOS PEQUENOS

Outra frente de ação da nova gestão será a defesa das micro e pequenas empresas.

O objetivo será melhorar o ambiente de negócios para esses empreendedores.

“Este evento marca o início de uma ampla campanha pela atualização das tabelas do Simples Nacional, o que é uma questão de sobrevivência e, por justiça, deveriam ser ajustadas anualmente, de acordo com a inflação acumulada no período”, disse.

Cotait se refere ao lançamento da campanha digital “Mais Simples Nacional, Brasil mais forte”, liderada pelas associações comerciais brasileiras, lançada também na quarta-feira (30).

A ideia é apoiar o Projeto de Lei Complementar (PLP) 108/2021, que busca alterar as definições de faturamento para enquadramento como Microempreendedor Individual (MEI).

Atualmente, o limite de faturamento para ser MEI é de R$ 81.000,00. Com o projeto aprovado, esse limite passaria a ser R$ 141.000,00.

O relator do projeto na Câmara dos Deputados, o deputado federal e vice-presidente Administrativo da CACB, Marco Bertaiolli, em seu texto substitutivo, também propõe que o projeto seja ampliado às micro e pequenas, que ampliariam seu faturamento anual de R$ 360 mil para R$ 847 mil e de R$ 4,8 milhões para R$ 8,47 milhões, respectivamente.

 

UNIFICAÇÃO DE SERVIÇOS

O novo presidente da CACB disse que as associações comerciais do Brasil precisam se unir mais para formar uma rede de prestação de serviços aos empresários.

Entre os serviços que hoje funcionam no estado de São Paulo e podem ser levados para o país todo estão aqueles prestados pela Faculdade do Comércio (FAC-SP), ACCredito e Boa Vista, entre outros.

“Precisamos formar uma escola de executivos para fazermos um trabalho de propagação da oferta desses serviços”, afirmou Cotait.

No caso da Faculdade do Comércio, foi firmado um convênio com a CACB que vai permitir que todas as associações comerciais do país atuem como polo de cursos de graduação e pós-graduação a distância, em disciplinas voltados à gestão, logística, negócios, entre outros.

Segundo Wilson Victorio Rodrigues, diretor geral da FAC-SP, já existe um alinhamento com as federações da Bahia, Ceará, Espírito Santo, Maranhão, Pará, Rondônia e Santa Catarina.

“A FAC se tornou a faculdade oficial das associações comerciais e, assim, poderá qualificar o varejo e o comércio de todas as regiões do país”, afirmou Rodrigues.

 

EMPREENDEDORISMO FEMININO

O evento também marcou a aprovação da mudança do nome do Conselho Nacional da Mulher Empresária (CNME), que agora passa a se chamar Conselho Nacional da Mulher Empreendedora e da Cultura (CMEC Nacional).

“Queremos dar continuidade ao trabalho que vem sendo feito em São Paulo. Ainda estamos estudando a marca e a intenção é de entrarmos com ela em todo o Brasil”, disse Ana Claudia Badra Cotait, presidente do Conselho.

Ana Claudia acabou de ser nomeada para o Comitê de Empreendedorismo Feminino, criado pelo Ministério da Economia para elaboração, implementação e monitoramento de políticas públicas voltadas ao empreendedorismo feminino.

“Nosso foco é ajudar as mulheres do Brasil inteiro a empreender, se formalizar, se qualificar, constituir capital e ter acesso a crédito. Espero contar com a ajuda de todos os presidentes de federações e associações comerciais para que ao fim dessa gestão, nós deixemos um grande legado e muitos conselhos atuando”, disse.

Fonte: Diário do Comércio

Galeria de Fotos