Desenvolvimento
segunda, 18 de novembro de 2019
A BUSCA DO PARANÁ PARA SE TORNAR UMA POTÊNCIA ECONÔMICA
Em palestra na ACSP, o governador, Carlos Massa Ratinho Junior, diz que o Estado aposta na pujança do agronegócio para alcançar o título de maior produtor de alimentos no mundo
Fonte: Por Mariana Missiaggia / Diário do Comércio / dcomercio.com.br
Foto: O governador do Paraná, Carlos Massa Ratinho Junior (2º à direita) , durante palestra na Associação Comercial de São Paulo – ACSP (crédito: Bianca Torres Cavalcante/ACSP)
Primeiro estado brasileiro a receber dois empreendimentos da rede Hard Rock, o Paraná quer alavancar o crescimento regional e aumentar as relações econômicas para atrair novos empreendimentos, gerar emprego e estabelecer o desenvolvimento sustentável das cidades.
Para abrir tantas portas, o governador do Estado do Paraná, Carlos Massa Ratinho Júnior se inspira em países que souberam dar um salto qualitativo em sua economia quando entenderam e investiram em sua principal vocação.
Ele cita o caso de Israel com a tecnologia e da Alemanha com a educação.
No caso do Paraná, Ratinho Júnior vê no agronegócio a maior oportunidade para materializar projetos em diferentes frentes.
O Paraná, considerado o quinto Estado mais rico do País, se destaca com um dos principais produtores de proteína animal do Brasil e também na produção de grãos.
Na segunda-feira passada, 11 de novembro, o governador paranaense se reuniu com integrantes do Conselho Político e Social - COPS, coordenado por Heráclito Fortes, e Conselho de Economia - COE, coordenado por Roberto Macedo, da Associação Comercial de São Paulo – ACSP, para discutir as oportunidades de gestão e inovação do Paraná.
O desejo de consolidar o Paraná no fornecimento de alimentos, segundo Ratinho Júnior, passa por gargalos logísticos, especialmente, para criar condições para escoar a produção e exportar, de forma mais eficiente, para países, como China e Estados Unidos.
“Estamos organizando o Estado para alcançar esse posto. Já somos o maior produtor de carnes do País. No futuro, o mundo vai precisar, cada vez mais de comida, e o Paraná pode se destacar nesse cenário, já que ninguém produz em quantidade e em variedade como o nosso Estado”, disse.
Para tanto, há alguns projetos em discussão, como a entrada do Estado no leilão de concessões de aeroportos.
Outro deles é a criação da ferrovia bioceânica, que ligará os portos de Paranaguá, no litoral do Estado, ao de Antofagasta, no Chile.
De acordo com o governador, os cálculos mostram que essa ferrovia conseguiria baratear em 40% o custo logístico de exportação para a Ásia, por exemplo.
A iniciativa de criar um banco de projetos, para investir R$ 350 milhões em obras, foi exaltada por Alfredo Cotait, presidente da ACSP e da Federação das Associações Comerciais do Estado - Facesp.
A ideia é viabilizar e agilizar obras de reestruturação de rodovias, ferrovias e investimentos em segurança pública.
“Pensar nesse formato é inédito e pode resolver gargalos históricos. É muito importante enaltecer uma gestão pensada em longo prazo, como esse banco que vai ficar por muitos anos à disposição dos próximos governantes”, afirmou Cotait.
Durante a sua apresentação, o governador afirmou que também aposta no setor de turismo como uma das principais matrizes econômicas do Paraná, colocando especialmente, Foz do Iguaçu na rota turística internacional, além de promover o trânsito interno de turistas do próprio Estado com a melhoria nas rodovias.
Na opinião de Ratinho Júnior, o desenvolvimento deste setor é a forma mais barata de ampliar a geração de empregos no Paraná. A transformação dessa área passa pelo investimento em infraestrutura, comunicação, qualificação e parcerias com a iniciativa privada.
Ele cita a abertura do Hard Rock Hotel Ilha do Sol, no Norte do Paraná como exemplo de desenvolvimento regional a partir do turismo.
O novo empreendimento vai criar 500 novas vagas diretas e 1,2 mil indiretas, a partir da inauguração, entre 2020 e 2021.
O economista Roberto Macedo enalteceu o ritmo de crescimento do Estado e o bom desempenho paranaense, especialmente, no setor agropecuário e industrial.
“Estamos num momento tão insólito no Brasil em que miramos nas mazelas, então nos surpreende ouvir falar de iniciativas que estão funcionando tão bem”, afirmou.
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